"A vida é um espelho. O que atraímos reflete as qualidades que temos, o conceito que fazemos de nós mesmos e dos nossos relacionamentos."

(Louise L.Hay)

A história da Mariana

A Mariana procurou-me há um tempo. Precisava urgentemente de "resolver" um grande sentimento de mágoa que sentia relativamente a alguém do seu passado.

Ela não entendia como é que uma relação que tinha terminado há alguns anos continuava, de vez em quando, a despertar nela sentimentos de ressentimento, tristeza e mágoa, como se tudo se tivesse passado ontem...

Isto acontece com quase todos nós, quando não nos permitimos olhar para os nossos sentimentos com coragem. Fugimos deles, primeiro porque nos magoam, e depois porque acreditamos que nunca vamos ser capazes de lidar com eles. E, assim, vamos acumulando emoções e sentimentos dentro das nossas "gavetas interiores".

Grande engano! Aquilo de que fugimos retorna sempre a nós. Aquilo a que resistimos, persiste, nas nossas vidas. E andamos às voltas, como ratos na roda, sem chegar a lado nenhum.

E vamos continuando a atrair pessoas que nos vão lembrar que temos "aquele assunto", "aquela dor", "aquela mágoa" para resolver, até conseguirmos realmente encará-la, limpá-la e curá-la de forma consciente, para podermos seguir em frente.

Então propus à Mariana fazer esta meditação. Leu primeiro a ficha de trabalho, fez a sua preparação, e depois deixou-se embalar pela minha voz, entrando bem fundo dentro de si.

Com a sua permissão, aqui está o que ela escreveu, no final:

"Uau! Não estava à espera de tudo o que vi e senti. Afinal, esta pessoa ajudou-me a perceber um pouco mais quem eu sou realmente. Ajudou-me a perceber que eu esperava que fosse perfeita, na minha busca pela minha própria perfeição, e ela mostrou-me que, tal como eu, não era perfeita.

Percebi que tenho sempre a tendência para assumir o papel da vítima, e nem sequer me lembro que as minhas ações também podem ter ferido, como por exemplo calar e engolir, alimentando a crítica, o julgamento e a mágoa dentro de mim. Não é justo, nem para mim, nem para o outro, mas sobretudo para mim!

Consegui perceber que também tive/tenho a minha quota-parte de responsabilidade nesta relação, e assumo-a.

Percebi como, apesar de já ter trabalhado tanto neste relacionamento, muitas vezes há gatilhos que despertam as imagens de sofrimento que vivi. Mas que isso está no passado, não no momento presente, e posso, e quero muito escolher não deixar que esse sofrimento se perpetue.

Percebi que tudo está na minha mente, e que, assim como a mente constrói, a mente também tem o poder de desconstruir e transformar o que eu quiser, de forma consciente.

Percebi que, para além da minha versão, também existe a versão do outro, e se eu conseguisse saber o que se passa na cabeça do outro, provavelmente veria as coisas sob uma outra perspetiva.

Percebi que ainda estou ligada a esta pessoa, e sempre estarei. Ambos fomos importantes no processo de crescimento um do outro.

Gostaria muito de lhe agradecer pelo papel importante que desempenhou na minha vida, por todos os bons momentos e também todas as aprendizagens.

Sinto uma enorme paz, harmonia interior e uma enorme gratidão. E sei que posso repetir a meditação sempre que sentir necessidade, sempre que o meu coração me pedir que vá um pouco mais fundo neste processo de perdão." (Mariana P.)

© 2021 A CONSCIÊNCIA DO SER. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

Política de privacidade e Cookies | Termos e Condições Gerais de Venda e Utilização | Criado com LEADPAGES